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Como ter relacionamentos verdadeiros e satisfatórios na vida


É realmente possível ter relacionamentos satisfatórios e verdadeiros? A resposta é um alegre sim. E para conseguir isto há um requisito essencial: escapar do egocentrismo. Ao longo do texto, desenvolveremos o tema e traremos dicas simples para você que quer ter relações valorosas, reciprocamente acolhedoras e nutritivas.


Sabemos por experiência própria (ou por experiência de outras pessoas), que os relacionamentos interpessoais podem ser o “céu” ou o “inferno” na vida de alguém. De fato, nossas conexões humanas possuem enorme peso na psiquê e na saúde do ser humano. Podemos dizer que cada um sabe “a dor e a delícia” advindos de seus relacionamentos[1].


É possível vivermos sem relacionamentos?


Não é possível viver sem relações pessoais (trabalho, família, desconhecidos), afinal nossos empregadores, clientes ou fornecedores são pessoas; nossos alimentos e vestimentas passam por uma cadeia de produção feita por pessoas; serviços médicos e diversos outros nos são prestados por pessoas. Não há como se desvencilhar de relações com pessoas.


Não vivemos sozinhos, por mais que algumas pessoas assim o pretendesse. Cada pessoa nasce com a capacidade de interagir com quem estiver à sua volta, dando o primeiro passo para tecer relações.



A importância dos relacionamentos


Relacionamento interpessoal é o vínculo criado entre dois ou mais indivíduos, com base em suas interações e no contexto social em que atuam, sendo o pilar principal para a construção de conexões, sejam elas superficiais ou profundas, formando amizades, relações amorosas e parcerias.


Por meio das relações entre pessoas é possível satisfazer as necessidades humanas comuns à espécie. Além disso, amplia nosso ‘mundo’ com trocas de informações, conhecimentos e experiências, já que cada pessoa se relaciona levando em consideração a sua bagagem cultural, formação pessoal e educacional, histórico familiar, vivências pessoais e emoções.


E ainda, através dos relacionamentos podemos adquirir perspectivas diferentes sobre nós, funcionando como ‘espelhos’ onde nos enxergamos e entendemos como somos, dando-nos consciência para buscarmos autoconhecimento. Também, a conexão entre duas ou mais pessoas permite que haja compartilhamento dos problemas, e juntas podem encontrar a melhor solução.


No campo profissional, a importância de bons relacionamentos consiste no surgimento de boas oportunidades de desenvolvimento para as pessoas e empresas, contribuindo para um bom ambiente, podendo resultar em aumento da produtividade e dos resultados, trazendo sinergias aos projetos.




Enfim, é certo que se cultivarmos interações pautadas pelo respeito, cooperação e empatia, gerando confiança, a chance de retorno positivo em qualquer aspecto da vida aumenta, contribuindo para o bem-estar emocional e psíquico aos envolvidos, trazendo efeitos tais como a sensação de pertencimento a um grupo, a troca de afetos, produtividade e colaboração nas empresas e em parcerias.


De fato, manter bons relacionamentos faz bem! Inclusive, foi realizado estudo que mostrou que as pessoas que se sentem solitárias têm mais problemas de saúde e vidas mais curtas.[2]


A postura verdadeira para ter bons relacionamentos


O principal obstáculo para vivenciar relações pessoais harmônicas, verdadeiras e satisfatórias é o nosso ego, com suas carências, exigências e julgamentos, que possui foco em si mesmo, até mesmo quando está aparentemente ‘ajudando’ aos outros.


Esse ‘ego’ (mentalidade egóica), na verdade, se mostra muito estreito, restrito em seu jeito de pensar, confinado em suas próprias convicções e condicionamentos e, com isso, cria-se distanciamento entre as pessoas, falta de verdadeira aceitação, abertura, compreensão e empatia.


A postura favorável aos bons relacionamentos é a do acolhimento e da compreensão (não significa concordar, mas compreender), saindo da ‘lógica do ego’, que nos coloca como o ‘centro’, que busca o controle sobre pessoas e fatos, e que luta cansativamente para manter uma autoimagem ilusória.


9 atitudes para se relacionar bem com qualquer pessoa


A seguir apresentamos dicas valiosas para ter bons relacionamentos:


  1. Ouvir atentamente, sinceramente, com uma mente gentil e de curiosidade;

  2. Aceitar as opiniões das pessoas, as suas falas e a pessoa em si, sem querer algo em troca;

  3. Não julgar as pessoas como ‘certas’ ou ‘erradas’.

  4. Ao falar com as pessoas, focar e elogiar pontos positivos e não destacar suas fraquezas ou erros (a mente autocentrada tem atração pela fraqueza e sempre traz o passado para interpretar uma situação);

  5. Não insistir na minha opinião;

  6. Não se vangloriar e não ser cheia de orgulho de si;

  7. Aceitar “esse tipo de pessoa” ou “aquele tipo de pessoa”(aceitar como elas são, sem querer mudá-las);

  8. Evitar lançar quaisquer expectativas sobre as pessoas, o que gera exigências em cima do outro e, inevitavelmente, depois vem a frustração;

  9. Não combater a pessoa e suas concepções.


Para se relacionar bem com qualquer pessoa: o principal requisito


É realmente trabalhoso e pesado sustentar uma ‘persona’ que tenta garantir que tudo seja feito do seu jeito, caso contrário seu valor fica comprometido. É esse ‘eu centralizado’ que nos impede de ter bons relacionamentos.


As pessoas capazes de manter relacionamentos ditos como positivos são aquelas que possuem fortes sentimentos de empatia e afeição pelos seres humanos, capacidade de amar e manter amizades, respeitando e sendo respeitadas. Para isso, uma mente autocentrada é incompatível.


Adotando-se as atitudes acima 7 você vai gerar relacionamentos satisfatórios e felizes, provocando-te enorme sensação de gratidão, e para que tais atitudes sejam sinceras, a mente autocentrada precisa ser limpada. É possível redimensionar esse eu interno, colocando-o como uma mera ferramenta e não como um tirano, com suas expectativas e exigências sobre a vida. Há um método sistemático e eficiente de meditação para isso. Como praticante desse método, convido a quem se interessar, a agendar uma sessão introdutória com um de nossos instrutores de meditação.


Sim, é possível descartar a mente autocentrada estreita e mudar para uma consciência mais ampla, onde somos capazes de aceitar verdadeiramente os outros e assim poderemos nos relacionar bem.


Por fim, acerca desse tema, gostaria de deixar um significativo trecho de um dos livros do mestre e professor Woo Myung:


"Vivemos junto com os outros, mas há muitos que vivem uma vida centrada apenas em si mesmo. Para estar em harmonia com os outros, é preciso ter uma ‘mente grande de inclusão e aceitação’. Tendo uma mente autocentrada, a pessoa vive de acordo com seus pensamentos estreitos, isso torna sua vida mais difícil, e ela não pode estar em harmonia nos grupos em que estiver"

(Livro: MYUNG, Woo. Como ter um encontro com Deus, Buda, Alá, Sunnyvale, U.S.A, Cham Books. 2022).



 

[1] Parodiando parte da frase de Caetano Veloso na música “Dom de iludir”- frase original :“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”

[2]https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Neurociencia/noticia/2015/08/o-cerebro-de-pessoas-solitarias-funciona-de-forma-diferente.html




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